Tuesday, April 29, 2014

Não mereço ser assassinado






"Não mereço morrer assassinado”, com a frase que muitos gostariam de ter tido a oportunidade de dizer antes de terem suas vidas brutalmente interrompidas, o Jovem Rene Silva, que se tonou mundialmente conhecido, após em 2010 usar o Twitter para narrar a Ocupação da Polícia Militar no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, lançou uma campanha nas redes sociais como forma de protesto a morte do jovem dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira.



O corpo da vítima foi encontrado em uma creche na comunidade do Pavão-Pavãozinho, zona sul do Rio. Inicialmente, a morte foi atribuída a uma queda, porém, imagens vistas por todo País, logo mostraram que essa não era a verdade. Douglas, chamado por todos de DG, foi mais um jovem baleado em uma das muitas comunidades carentes do Rio de Janeiro. Agora, o País pede respostas.

Maria de Fátima da Silva, mãe da vítima, e moradores do Pavão- Pavãozinho, afirmam que ele foi torturado até a morte por policiais da Unidade de Policia Pacificadora (UPP) que funciona na comunidade. Denúncias de abusos por parte de policiais e milícias nas favelas do Rio se tornaram uma realidade constante.

O Brasil carece de Políticas de Segurança Pública que desenvolvam ações, não só para conter uma situação limite, mas que visem mudar o contexto de violência através de programas que procurem melhorar a realidade social dos brasileiros. Ocupar um espaço através da força não resolve o problema e os números comprovam isso.

Nos últimos oito anos, segundo estatísticas divulgadas pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio, O Estado vem contabilizando índices alarmantes de violência. São mais de 500 mortes por mês. Entre 35.879 homicídios dolosos, 285 lesões corporais seguidas de morte, 1.169 roubos seguidos de morte, 5.677 mortes derivadas de intervenções policiais, 155 policiais militares e civis mortos durante o trabalho, chegamos a um número total de 43.165 vidas perdidas de forma violenta durante o período.

Precisamos agir o quanto antes para que mortes como a do jovem Douglas Rafael da Silva Pereira, não se tornem apenas mais um número de uma estatística que envergonha o nosso País. Há muito tempo o Rio pede Paz.

Pernambuco já foi um dos estados mais violentos do Brasil. Hoje, é considerado modelo de segurança Pública no Brasil e no mundo. Com a implementação do programa de segurança pública Pacto Pela Vida (PPV), premiado pela ONU e pelo BID, muitas ações foram desenvolvidas. As de prevenção social às drogas e à criminalidade, por exemplo, contribuíram para preservação das conquistas obtidas ao longo dos anos. Reduzindo em 39,10% o número de homicídios do estado, 7.899 vidas foram salvas.

Juntos, vamos fazer pelo Brasil o mesmo que foi feito em Pernambuco e muito mais. O desafio é grande, mas possível de ser vencido. O nosso compromisso é com a vida, e por isso estabeleceremos um Pacto de segurança por ela em todo o País.









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